Fazer exercícios uma vez por semana faz bem à saúde? Especialista analisa.

                                  

Sedentarismo atinge 80% dos brasileiros e deve ser combatido. Mas praticar atividades físicas intensas só aos domingos pode ser prejudicial.


Sempre (só) aos domingos. Foi música de filme famoso nos anos 60, hoje é titulo do nosso post. Em abril, quando se comemora o Dia Mundial da Atividade Física e o Dia Mundial da Saúde, ressaltamos algumasrecomendações para a população. Sem dúvida, o sedentarismo que atinge 80% da população deve ser fortemente combatido, porém com opções possíveis de serem seguidas por todos.
Desde para a criança como até o mais longevo, a atividade física deve serestimulada. As pesquisas consistentes pelo mundo afora, seja de médicos como de outros profissionais da saúde, lideradas pela OMS (Organização Mundial da Saúde), mostram a redução das doenças crônicas degenerativas e até comportamentais nosindivíduos ativos.
Em relação a internações faltas ao trabalho, os números mostram 35 a 40% deaumento desses itens nos sedentários. As despesas com saúde caem brutalmente onde a população é mais ativa, segundo estudo mundial dos fatores de risco conhecido como INTERHEART. A Sociedade Brasileira de Cardiologia, através de seu departamento de Exercício, Esporte e Reabilitação Cardiovascular (DERC), tem debatido profundamente a atividade física e o esporte nos Congressos de Cardiologia.
Mas e quem só se movimenta aos domingos? Sabemos que qualquer decisão de se mexer é benéfica. Mas, se for só aos domingos e de modo intenso, o risco de complicações ortopédicas e cardíacas chega a aumentar 2,7 vezes, segundo pesquisa publicada no Journal of American Medical Association (JAMA). Se for apenas aos domingos, então sócaminhe e não espere resultados espetaculares. O esforço é modesto, mas melhor doque ficar parado! O recomendado é, no mínimo, três vezes por semana, de 30 a 60 minutos diariamente, com velocidade em torno de 100 metros por minuto.
avaliação médica para simples caminhadas não deve ser um obstáculo, mas não custa conhecer suas condições clinicas em uma consulta simples e um eletrocardiograma. Mais intensidade ou esportes, aí sim, inclua o teste ergométrico com um médico presente SEMPRE. Lembrando que intensidade e volume das atividades físicas não competitivas são semelhantes tanto para o gênero masculino quanto para o feminino.