Vesícula Biliar

                       

A vesícula biliar é um saco membranoso, em forma de pêra, e é um reservatório alongado, situado na face inferior do fígado (lado direito). É um órgão muscular em que se acumula a bile no intervalo das digestões (até 50 cm3), a bile é produzida pelo fígado, passa pela vesícula biliar através de um pequeno tubo chamado ducto cístico. Os tecidos que constituem as paredes musculares da vesícula biliar concentram a bile, absorvendo grande parte da sua água e mantêm-na recolhida até o início do processo de digestão.
Quando estimulada, a vesícula biliar contrai-se e manda a bílis concentrada através do ducto biliar até o intestino delgado, auxiliando a digestão.
A afecção mais freqüente da vesícula biliar é a presença de cálculos que ocorrem devido à existência de quantidades excessivas de cálcio e colesterol na bílis.

Esquema da Vesícula Biliar

Esquema da Vesícula Biliar

                                   

 

Traquéia Humana

                  

A traquéia é uma parte do aparelho respiratório, localizada no pescoço, que se estende à laringe e aos brônquios. É um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro e 10 cm de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Podem-se sentir os reforços cartilaginosos da traquéia tocando com os dedos a região anterior da garganta, logo abaixo do pomo-de-adão.
Na região superior do peito a traquéia se bifurca, dando origem aos brônquios. Estes são dois tubos curtos, também reforçados por anéis de cartilagem, que conduzem o ar aos pulmões.
Tanto a traquéia quanto os brônquios são internamente revestidos por um epitélio ciliado, rica em células produtoras de muco. Partículas de poeira e bactérias em suspensão no ar inalado aderem ao muco, sendo "varridas" em direção à garganta graças ao batimento dos cílios. Ao chegar à faringe, o muco e as partículas aderidas são engolidas com a saliva.

Esquema da Traquéia

Esquema da Traquéia

                       

Sangue Humano

 

sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em uma pessoa normal sadia, cerca de 45% do volume de seu sangue são células (a maioria de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas).
O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
Este movimento circulatório do sangue ocorre devido à atividade coordenada do coração, pulmões e das paredes dos vasos sanguíneos. O sangue transporta ainda muitos sais e substâncias orgânicas dissolvidas.
No interior de muitos ossos, há cavidades preenchidas por um tecido macio, a medula óssea vermelha, onde são produzidas as células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas.

Respiração

Respiração.

Plaquetas

As plaquetas são pequenas massas protoplásticas anucleares, que aderem à superfície interna da parede dos vasos sanguíneos no lugar de uma lesão e fecham o defeito da parede vascular. Tem cerca de 200.000 a 300.000 plaquetas, denominadas trombócitos, no sangue.

Glóbulos Brancos

No sangue, temos de 5.000 a 10.000 corpúsculos ou glóbulos brancos (células brancas do sangue), que recebem o nome de leucócitos. De 4.000 a 11.000 glóbulos brancos por mm3. São de vários tipos principais:
  • Neutrófilos - Que fagocitam e destroem bactérias;
  • Eosinófilos - Que aumentam seu número e se ativam na presença de certas infecções e alergias;
  • Basófilos - Que segregam substâncias como a heparina, de propriedades anticoagulantes, e a histamina;
  • Linfócitos - Que desempenham um papel importante na produção de anticorpos e na imunidade celular;
  • Monócitos - Que digerem substâncias estranhas não bacterianas.

Doenças Sanguíneas

As doenças do sangue resultam mudanças anormais em sua composição. A redução anômala do conteúdo de hemoglobina ou do número de glóbulos vermelhos é conhecida como anemia. A formação de hemoglobina anômala é característica da anemia falciforme e da talassemia. A leucemia é acompanhada por uma proliferação desordenada de leucócitos.
A deficiência de qualquer dos fatores necessários à coagulação do sangue provoca hemorragias. Diversas doenças hemorrágicas, como a hemofilia, são hereditárias.

Anemia

Introdução

"Anemia", palavra que do grego significa "privação de sangue". É caracterizada por uma diminuição da quantidade total do número de glóbulos vermelhos ou de hemoglobina do sangue (concentração de hemoglobina inferior a 0,13g/ml no homem e a 0,12g/ml na mulher).

Hemoglobina

A hemoglobina é constituída por um pigmento vermelho chamado heme, que dá a cor vermelha característica do sangue. É um pigmento especial predominante no sangue, cuja função é transportar o oxigênio. Transporta o oxigênio dos pulmões até os tecidos do corpo. Depois, inverte sua função e recolhe o dióxido de carbono, transportando-o até os pulmões para ser expirado.
A deficiência de hemoglobina provoca a anemia. As alterações da estrutura da hemoglobina podem causar a anemia falciforme.

Anemia das células falciformes

A anemia falciforme é um processo hereditário em que a hemoglobina apresenta-se alterada. Conhecida também como anemia drepanocítica, é causada pela existência de hemoglobina anômala ou hemoglobina S, que muda de forma quando a quantidade de oxigênio no sangue se reduz por qualquer motivo. As hemácias que contêm a hemoglobina também mudam, adotando a forma de foice (falciforme).

Hemácias Falciforme

Hemácias falciformes.

Outros tipos de anemia

Pode-se verificar a anemia em diversos casos patológicos: hemólise, doenças malignas, saturnismo, talassemia, hemorragia, deficiência de vitamina B12, deficiência de ferro, afecções inflamatórias crônicas, etc.
A mais comum é a anemia ferropênica provocada por um déficit de ferro, elemento essencial para a fabricação de glóbulos vermelhos. A anemia perniciosa é provocada por um déficit de vitamina B12, fundamental para a produção de hemácias.

Análise de sangue

Através da análise de sangue, verifica-se a definição das diferentes formas de anemia e determina a sua causa. Destinguem-se:
  • Segundo o volume globular médio (hemácias), as anemias microcíticas, normocíticas, macrocíticas e megalocíticas;
  • Segundo a concentração corpuscular média de hemoglobina (cromia), anemias hipocrônicas ou normocrônicas;
  • Segundo a concentração sérica de ferro e de siderofilina, as anemias hipo, normo ou hipersiderêmicas com siderofilina baixa, normal ou aumentada;
  • Segundo o aspecto da medula óssea, as formas megaloblásticas;
  • Número de reticulócitos do sangue circulante, as anemias arregenerativas ou regenerativas;
  • Localização do fator responsável pela hemólise, as anemias hemolíticas corpusculares ou extracorpusculares.


Rins Humanos

                                  

Os rins situam-se na parte dorsal do abdome, logo abaixo do diafragma, um de cada lado da coluna vertebral, nessa posição estão protegidos pelas últimas costelas e também por uma camada de gordura. Cada rim tem cerca de 11,25 cm de comprimento, 5 a 7,5 cm de largura e um pouco mais de 2,5 cm de espessura. A massa do rim no homem adulto varia entre 125 e 170 g; na mulher adulta, entre 115 e 155 g. Tem cor vermelho-escuro e a forma de um grão de feijão enorme.
São órgãos excretores. Possui uma cápsula fibrosa, que protege o córtex (cor amarelada) mais externo, e a medula (avermelhada) mais interna. O ureter é um tubo que conduz a urina até a bexiga. Cada rim é formado de tecido conjuntivo, que sustenta e dá forma ao órgão, e por milhares ou milhões de unidades filtradoras, os néfrons, localizados na região renal.

Néfrons

O néfrom é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma das extremidades, uma expansão em forma de taça, denominada cápsula de Bowman, que se conecta com o túbulo contorcido proximal, que continua pela alça de Henle e pelo tubo contornado distal, este desemboca em um tubo coletor. São responsáveis pela filtração do sangue e remoção das excreções.
Em cada rim, a borda interna côncava constitui o hilo renal. Pelo hilo renal passam a artéria renal, a veia renal e o início do ureter, canal de escoamento da urina. Na porção renal mais interna localizam-se tubos coletores de urina. O tipo de néfrom e a localização dos rins variam.
Rim e néfrom.

Função

A função dos rins é filtrar o sangue, removendo os resíduos nitrogenados produzidos pelas células, sais e outras substâncias em excesso. Além dessa função excretora, os rins também são responsáveis pela osmorregulação em nosso organismo. Controlando a eliminação de água e sais da urina, esses órgãos mantêm a tonicidade do sangue adequada às necessidades de nossas células.

Funcionamento

O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito no interior do órgão, originando grande número de arteríolas aferentes, onde cada uma ramifica-se no interior da cápsula de Bowman do néfrom, formando um enovelado de capilares denominado glomérulo de Malpighi.
Os capilares do glomérulo deixam extravasar diversas substâncias presentes no sangue (água, uréia, glicose, aminoácidos, sais e diversas moléculas de tamanho pequeno), através de suas finas paredes. Essas substâncias extravasadas passam entre as células da parede da cápsula de Bowman e atingem o túbulo contorcido proximal, onde constituem o filtrado glomerular (urina inicial). O filtrado glomerular é semelhente, em composição química, ao plasma sanguíneo, com a diferença de que não possui proteínas, incapazes de atravessar os capilares glomerulares.

Urina

Diariamente passam pelos rins, quase 2 mil litros de filtrado glomerular. A urina inicial caminha sucessivamente pelo túbulo contorcido proximal, pela alça de Henle e pelo túbulo contornado distal, de onde é lançada em duto coletor. Durante o percurso, as paredes dos túbulos renais reabsorvem glicose, vitaminas, hormônios, parte dos sais e a maior parte da água que compunham a urina inicial. As substâncias reabsorvidas passam para o sangue dos capilares que envolvem o néfrom. Esses capilares originam-se da ramificação da arteríola eferente, pela qual o sangue deixa a cápsula de Bowman. A uréia, por não ser reabsorvida pelas paredes do néfrom, é a principal constituinte da urina.

Aproveitamento do filtrado glomerular

Dos 600 litros do filtrado glomerular produzido diariamente pelos rins, forma-se apenas 1,5 litro de urina, portanto, mais de 98% da água do filtrado foi reabsorvida, principalmente na região da alça de Henle.
Os capilares que reabsorvem as substâncias úteis dos túbulos renais se reúnem para formar um vaso único, a veia renal, que leva o sangue para fora do rim, em direção ao coração.

 

                            

Pulmão Humano



pulmão é um órgão esponjoso que executa a respiração. Tem aproximadamente 25 cm de comprimento e 700 g de peso, situado na cavidade torácica. O pulmão direito é ligeiramente maior que o esquerdo e está dividido em três lóbulos; já o pulmão esquerdo tem apenas dois lóbulos. Na face interna de ambos os pulmões, existe uma abertura por onde passam os brônquios, as artérias pulmonares e as veias pulmonares.
O ar inalado passa, através da traquéia, que se divide em dois tubos, denominados brônquios; cada brônquio leva a um pulmão. Dentro dos pulmões, os brônquios se subdividem em bronquíolos e estes terminam em uns saquinhos chamados alvéolos.

Pulmões

Esquema dos pulmões.

Pleuras

O pulmão tem a forma mais ou menos cônica e são envoltos por duas membranas, denominadas pleuras. A pleura interna está aderida a superfície pulmonar, enquanto a pleura externa está aderida a parede da caixa torácica. Entre as pleuras há um estreito espaço, preenchido por líquido. A tensão superficial deste líquido mantém unidas as duas pleuras, mas permite que elas deslizem uma sobre a outra, durante os movimentos respiratórios.

O ar inalado

Na respiração, o oxigênio do ar inalado entra no sangue e o dióxido de carbono é exalado para a atmosfera. O intercâmbio destes gases ocorre quando o ar chega aos alvéolos, que é a parte funcional do pulmão. É aí que o sangue venoso se transforma em sangue arterial, fenômeno conhecido por hematose.
Pulmões de pessoas jovens tem coloração rosada, escurecendo com a idade, devido ao acúmulo de impurezas presentes no ar e que não foram removidas pelos mecanismos de limpeza do sistema respiratório.

Alvéolos

Alvéolos.

Doenças

Várias doenças que afetam os pulmões destroem os alvéolos de forma direta, como a enfisema (causado pela fumaça do tabaco), ou deteriorização da capacidade dos alvéolos para trocar gases. As doenças mais comuns dos pulmões são a pneumonia, a tuberculose, a bronquite e a asma brônquica.

Pâncreas


pâncreas é uma glândula digestiva de secreção interna e externa, de mais ou menos 15 cm de comprimento e de formato triangular, localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdome, na alça formada pelo duodeno, sob o estômago. O pâncreas é formado por uma cabeça que se encaixa no quadro duodenal, de um corpo e de uma cauda afilada. A secreção externa dele é dirigida para o duodeno pelos canais de Wirsung e de Santorini. O canal de Wirsung desemboca ao lado do canal colédoco na ampola de Vater. O pâncreas comporta dois órgão estreitamente imbricados: pâncreas exócrino e o endócrino.

Esquema do Pâncreas

Pâncras.

Pâncreas Exócrino

O pâncreas exócrino secreta enzimas digestivas, reunidas em estruturas denominadas ácinos. Os ácinos pancreáticos estão ligados através de finos condutos, por onde sua secreção é levada até um condutor maior, que desemboca no duodeno, durante a digestão.

Pâncreas Endócrino

Secreta os hormônios insulina (quando não é produzida em quantidade suficiente, dá origem a diabetes) e glucagon (hormônio com a regulação dos níveis de açúcar no sangue), reunidas em estruturas denominadas Ilhotas de Langerhans, cujas células beta secretam a insulina e as células alfa secretam o glucagon. Os hormônios produzidos nas ilhotas de Langerhans caem diretamente nos vasos sangüíneos pancreáticos.

Doenças

O pâncreas pode ser atingido por inflamação (pancreatite), por tumores, cálculos, cistos e pseudocistos (bolsas líquidas, geralmente conseqüentes a traumatismo); algumas dessas alterações desempenham importante papel na gênese do diabete.

                  


                          

Laringe

             

laringe é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas. É uma câmara oca onde a voz é produzida. Encontra-se na parte superior da traquéia, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, que aparece como uma saliência na parte anterior do pescoço, logo abaixo do queixo, é uma das peças cartilaginosas da laringe. A entrada da laringe é chamada glote. Acima dela existe uma espécie de "lingüeta" de cartilagem, denominada epiglote, que funciona como uma válvula. Quando engolimos, a laringe sobe, e sua entrada é fechada pela epiglote de modo a impedir que o alimento engolido penetre nas vias respiratórias. A laringe é unida por meio de ligamentos ao osso hióide, situado na base da língua.
O revestimento interno da laringe apresenta pregas, denominadas cordas vocais. A laringe tem um par de cordas vocais, formadas por tecido conjuntivo elástico, coberto por pregas de membrana mucosa. A vibração que o ar procedente dos pulmões provoca neste par de cordas a formação de sons, amplificados pela natureza ressonante da laringe. Os sons produzidos na laringe são modificados pela ação da faringe, da boca, da língua e do nariz, o que nos permite articular palavras e diversos outros sons.

                                                 Esquema da Laringe

                                              Esquema da laringe.

                               

Intestino Grosso

                          

intestino grosso tem um importante trabalho na absorção da água (o que determina a consistência do bolo fecal). Mede cerca de 1,5 m de comprimento.
Ele divide-se em ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e reto. Uma parte importante do ceco é o apêndice vermiforme vestigial, com cerca de 8 cm de comprimento, cuja posição se altera com freqüência. A saída do reto chama-se ânus e é fechada por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal.

Alimentos no Intestino Grosso

Os alimentos e materiais de secreção atravessam o intestino movidos por contrações rítmicas ou movimentos peristálticos de seus músculos, que se produz 7 vezes por minuto. O intestino grosso não possui vilosidades nem segrega sucos digestivos, normalmente só absorve água, em quantidade bastante consideráveis.
                                 
                                      Intestino grosso.

Entretanto, todas as substâncias alimentícias podem ser assimiladas, como no intestino delgado. Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados.

Bactérias (Simbiose)

Numerosas bactérias vivem em simbiose no intestino grosso. Seu trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades.

                     Intestino grosso.

                           

Intestino Delgado

                                    

No intestino delgado ocorre a parte mais importante da digestão e é absorvida a maior parte dos nutrientes. O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm).
A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro, a abertura da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no intestino.

Movimentos peristálticos

No intestino, as contrações rítmicas e os movimentos peristálticos das paredes musculares, movimentam o alimento, ao mesmo tempo em que este é atacado pela bílis, enzimas e outras secreções.
Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do intestino, passam ao fígado para serem distribuídos pelo resto do organismo.
 Intestino delgado.



Superfície interna

A superfície interna, ou mucosa, do intestino delgado, apresenta, além de inúmeros dobramentos maiores, milhões de pequenas dobras (4 a 5 milhões), chamadas vilosidades; um traçado que aumenta a superfície de absorção intestinal. As membranas das próprias células do epitélio intestinal apresentam, por sua vez, dobrinhas microscópicas denominadas microvilosidades.


                               Superfície interna.

        

Glândulas Salivares

 

A presença de alimento na cavidade bucal, bem como sua visão e cheiro, estimulam as glândulas salivares a secretar saliva, que é um líquido levemente alcalino, uma solução aquosa, de consistência viscosa, que umedece a boca, amolece a comida e contribui para realizar a digestão.
saliva contém a ptialina ou amilase salivar. Na cavidade bucal, a ptialina atua sobre o amido transformando-o em moléculas menos complexas. Três partes de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade bucal; parótida, submandibular e sublingual:
  • Glândula parótida - Com massa variando entre 14 e 28 g, é a maior das três; situa-se na parte lateral da face, abaixo e adiante do pavilhão da orelha.
  • Glândula submandibular - É arredondada, mais ou menos do tamanho de uma noz.
  • Glândula sublingual - É a menor das três; fica abaixo da mucosa do soalho da boca.


Fígado Humano

                               

fígado é o maior órgão interno, e é ainda um dos mais importantes. É a mais volumosa de todas as víceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto e na mulher adulta, entre 1,2 e 1,4 kg, tem a cor vermelha-amarronzada, é friável e frágil, tem a superfície lisa, recoberta por uma cápsula própria. Está situado no quadrante superior direito da cavidade abdominal.
                            Esquema do fígado e da vesícula biliar.

Funções do Fígado

  • Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, assim, a ação da lipase;
  • Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, que são relançadas na circulação;
  • Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células;
  • Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras;
  • Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do organismo;
  • Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile.

Tecido Hepático

É possível perder cerca de 75% deste tecido (por doença ou intervenção cirúrgica), sem que ele pare de funcionar. O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o nome de lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos quais passa a bílis segregada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para formar o ducto hepático que, junto com o ducto procedente da vesícula biliar, forma o ducto comum da bílis, que descarrega seu conteúdo no duodeno.
As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides, estrógenos e outros hormônios.
O fígado é um órgão muito versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas outras substâncias, como as enzimas. O termo hepatite é usado para definir qualquer inflamação no fígado, como a cirrose.

                   Esquema do fígado.     

As doenças do fígado consistem em:


  • Afecções inflamatórias agudas: difusas (hepatite) ou circunscritas (abscesso);
  • Afecções caracterizadas principalmente por esclerose (cirroses);
  • Afecções tumoriais (câncer do fígado, primitivo ou secundário);
  • Comprometimentos hepáticos no decorrer de afecções cardiovasculares (fígado cardíaco);
  • Localizações hepáticas de diversas doenças gerais (cisto hidático).


Faringe

                            

faringe é um canal músculo-membranoso comum aos sistemas digestivo e respiratório e se comunica com a boca e com as fossas nasais. Se estende da base do crânio à borda inferior da cartilagem cricóide, continuando pelo esôfago. A faringe (ou garganta) é ladeada pelos grandes vasos sanguíneos do pescoço e pelos nervos glossofaríngeos, pneumogástrico ou vago, e hipoglosso. Divide-se em três partes: faringe superior (nasofaringe ou rinofaringe); faringe bucal (orofaringe); faringe inferior (hipofaringe, laringofaringe ou faringe esofagiana).
O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, que o conduz até a laringe. Constitui a passagem dos alimentos em direção ao esôfago.
Esquema da faringe ou garganta.


Estômago Humano

                          

estômago é uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, logo abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. Sua função principal é a decomposição dos alimentos. Um músculo circular, que existe na parte inferior, permite ao estômago guardar quase um litro e meio de comida, possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos agudos.

Segmento superior

O segmento superior é o mais volumoso, chamado "porção vertical". Este, compreende, por sua vez, duas partes superpostas; a grande tuberosidade, no alto, e o corpo do estômago, abaixo, que termina pela pequena tuberosidade.

Segmento inferior

O segmento inferior é denominado "porção horizontal", está separado do duodeno pelo piloro, que é um esfíncter. A borda direita, côncava, é chamada pequena curvatura; a borda esquerda, convexa, é dita grande curvatura. O orifício esofagiano do estômago é o cárdia.

As túnicas do estômago

O estômago compõe-se de quatro túnicas; serosa (o peritônio), muscular (muito desenvolvida), submucosa (tecido conjuntivo) e mucosa (que secreta o suco gástrico). Quando está cheio de alimento, o estômago torna-se ovóide ou arredondado. O estômago tem movimentos peristálticos que asseguram sua homogeneização.

O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, que contêm ácido clorídrico, muco e várias enzimas, como a pepsina, a renina e a lipase. A pepsina, na presença de ácido clorídrico, quebra as moléculas de proteínas em moléculas menores. A renina coagula o leite, e a lipase age sobre alguns tipos de gordura. A mucosa gástrica produz também o fator intrínseco, necessário à absorção da vitamina B12.

Doenças do estômago

As doenças e problemas gástricos do estômago são numerosos: úlcera, câncer, a dispepsia (indigestão gástrica), tumores malignos e benignos (raros), gastrite, afecções decorrentes das cicatrizes das úlceras curadas, etc.

                  

                         



Mais em: http://www.webciencia.com/11_09estom.htm#ixzz2mqpTnYGr

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Esqueleto Humano

                                      

A sustentação do corpo está a cargo do esqueleto, que também fornece, em certos casos, proteção aos órgãos internos e ponto de apoio para a fixação dos músculos. O endoesqueleto é um tipo básico de esqueleto e consiste em inúmeras peças cartilaginosas e ósseas articuladas. Essas peças formam um sistema de alavancas que se movem sob a ação dos músculos.

Função do esqueleto

esqueleto ósseo, além de sustentação corporal, apresenta duas importantes funções:
Reservas de sais minerais, principalmente de cálcio e fósforo, que são fundamentais para o funcionamento das células e devem estar presentes no sangue. Quando o nível de cálcio diminui no sangue, sais de cálcio são mobilizados dos ossos para suprir a deficiência.
Determinados ossos ainda possuem medula amarela (ou tutano), como mostra a figura ao lado. Essa medula é constituída principalmente por células adiposas, que acumulam gorduras como material de reserva.
No interior de alguns ossos (como o crânio, coluna, bacia, esterno, costelas e as cabeças dos ossos do braço e coxa), há cavidades preenchidas por um tecido macio, a medula óssea vermelha, onde são produzidas as células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas.

Os ossos de uma articulação têm de deslizar um sobre o outro suavemente e sem atrito, ou se gastariam. Os ossos de uma articulação são mantidos em seus devidos lugares por meio de cordões resistentes, constituídos por tecido conjuntivo fibroso: os ligamentos, que estão firmemente aderidos às membranas que revestem os ossos.

Divisão do esqueleto

O esqueleto humano pode ser dividido em três partes principais: Cabeça, tronco e membros.


Esôfago

Esquema do Esôfago.

esôfago é um canal muscular com cerca de 23 a 25 cm de comprimento e 2 a 3 cm de largura, estende-se da faringe ao estômago; é a parte mais estreita do tubo digestivo. Desde a origem até a terminação, o esôfago atravessa necessariamente a parte inferior do pescoço, a cavidade torácica, o diafragma e a parte superior da cavidade abdominal.
É um órgão situado na linha mediana, na frente da coluna vertebral. Termina lançando-se no estômago ao nível da cárdia.
O bolo alimentar chega ao estômago, empurrado pelas contrações do esôfago, são os chamados movimentos peristálticos, também executados pelo estômago e intestino.


Dentes



Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas aos maxilares superior e inferior, cuja atividade principal é a mastigação. Estão implicados, de forma direta, na articulação das linguagens.
Os nervos sensitivos e os vasos sanguíneos do centro de qualquer dente estão protegidos por várias camadas de tecido. A mais externa, o esmalte, é a substância mais dura. Sob o esmalte, circulando a polpa, da coroa até a raiz, está situada uma camada de substância óssea chamada dentina. A cavidade polpar é ocupada pela polpa dental, um tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e inervado. Um tecido duro chamado cemento separa a raiz do ligamento peridental, que prende a raiz e liga o dente à gengiva e à mandíbula, na estrutura e composição química assemelha-se ao osso; dispõe-se como uma fina camada sobre as raízes dos dentes. Através de um orifício aberto na extremidade da raiz, penetram vasos sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo.


Tipos de dentes

Em sua primeira dentição, o ser humano tem 20 peças que recebem o nome de dentes de leite. À medida que os maxilares crescem, estes dentes são substituídos por outros 32 do tipo permanente. As coroas dos dentes permanentes são de três tipos: os incisivos, os caninos ou presas e os molares. Os incisivos tem a forma de cinzel para facilitar o corte do alimento. Atrás dele, há três peças dentais usadas para rasgar. A primeira tem uma única cúspide pontiaguda. Em seguida, há dois dentes chamados pré-molares, cada um com duas cúspides. Atrás ficam os molares, que tem uma superfície de mastigação relativamente plana, o que permite triturar e moer os alimentos.


                                      Tipos de dentes: Incisivo, Canino, Pré-molar e Molar.

Idades em que normalmente aparecem os dentes

Dentição de LeiteIdade
 Incisivos centrais inferiores
 Incisivos superiores
 Incisivos laterais inferiores
 Primeiros molares
 Caninos
 Segundos molares
6 a 9 meses
8 a 10 meses
15 a 21 meses
15 a 21 meses
16 a 20 meses
20 a 24 meses

Dentição PermanenteIdade
 Primeiros molares
 Incisivos centrais
 Incisivos laterais
 Primeiros pré-molares
 Segundos pré-molares
 Caninos
 Segundos molares
 Dentes do siso
6 anos
7 anos
8 anos
9 anos
10 anos
entre 11 e 12 anos
entre 12 e 13 anos
entre 15 e 25 anos

Doença da Cárie

Os dentes são suscetíveis a um processo de putrefação (cárie dental). A bactéria acidogênica oral, que está sempre presente na boca, reage com os carboidratos para formar ácidos capazes de dissolver o esmalte, permitindo a penetração de outras bactérias na dentina. Com o tempo, a cárie provoca uma cavidade na estrutura do dente.
Devemos nos lembrar que para qualquer tipo de doença, a prevenção é o melhor remédio, e isto é válido também para se evitar a doença da cárie dental. Uma deficiente escovação dos dentes leva à formação de placas, que ficam grudadas nos dentes, mais normalmente ao nível da gengiva e dos dentes.
No início das doenças da cárie e gengiva o tratamento é simples e rápido, mas se deixado de lado pode-se ter graves quadros de doenças periodontais e cáries cada vez maiores, que chegam a destruir quase todo o dente, sendo necessário um tratamento de canal, quando senão a perda total do dente. Ocorrendo a perda do dente, tem que recorrer ao processo de prótese para restaurar o sorriso perdido, prótese esta que poderá ser fixa, móvel ou implantes dentários. No tratamento, os padrões de cores dos materiais restauradores são tão variados que pode-se restaurar um dente sem ser percebida, tamanha semelhança com os dentes naturais.
O tratamento dentário atual é completamente indolor e muito confortável. Tratando com a maior tranqüilidade, restaurando sua saúde dental.
Um perfeito hábito de escovar os dentes após qualquer tipo de refeição, uma consulta periódica de 6 em 6 meses com seu dentista é de suma importância, e são os melhores métodos para impedir o aparecimento e evolução da doença da cárie.

Doença das Gengivas

A Doença das Gengivas ou Doença Periodontal se inicia da mesma forma que a cárie, ou seja, com a formação da placa bacteriana. A placa bacteriana fica aderida ao dente e ataca as gengivas, provocando inflamação. Então, a gengiva fica bastante vermelha, inchada e pode sangrar. É a chamada Gengivite.
Atenção: A gengivite pode ser resolvida, em muitos casos, através de uma escovação correta e do uso do fio dental. A partir do aparecimento de cálculo, a Doença Periodontal deve ser tratada pelo dentista, que deve ser procurado também caso haja alguma região da gengiva que apresente sangramento com freqüência, apesar de uma boa escovação.

Coração Humano



No homem, a circulação é feita através de um sistema fechado de vasos sanguíneos, cujo centro funcional é o coração.
O coração é um órgão musculoso oco, o miocárdio, com fibras estriadas, revestido externamente pelo pericárdio (serosa). O coração é do tamanho aproximado de um punho fechado e com peso em média de 400 g, tem cerca de 12 cm de comprimento por 8 a 9 cm de largura. O coração quase sempre continua a crescer em massa e tamanho até um período avançado da vida; este aumento pode ser patológico.

Localização e funcionamento

O coração se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda. Ocupa no tórax, a região conhecida como mediastino médio. O coração funciona como uma bomba, recebendo o sangue das veias e impulsionando-o para as artérias.

Divisão do coração

O coração é dividido por um septo vertical em duas metades. Cada metade é formada de duas câmaras; uma aurícula superior e um ventrículo inferior. Entre cada câmara há uma válvula, a tricúspide do lado direito, e a bicúspide do lado esquerdo. Estas válvulas abrem-se em direção dos ventrículos, durante a contração das aurículas. Na aurícula direita chegam as veias cava superior e inferior, e na aurícula esquerda, as quatro veias pulmonares. Do ventrículo direito sai a artéria pulmonar e do ventrículo esquerdo sai a artéria aorta.

Estrutura e funções

A atividade do coração consiste na alternância da contração (sístole) e do relaxamento (diástole) das paredes musculares das aurículas e ventrículos. Durante o período de relaxamento, o sangue flui das veias para as duas aurículas, dilatando-as de forma gradual. Ao final deste período, suas paredes se contraem e impulsionam todo o seu conteúdo para os ventrículos.
A sístole ventricular segue-se imediatamente a sístole auricular. A contração ventricular é mais lenta e mais energética. As cavidades ventriculares se esvaziam quase que por completo com cada sístole, depois, o coração fica em um completo repouso durante um breve espaço de tempo. A freqüência cardíaca normal é de 72 batimentos por minuto, em situação de repouso.
Para evitar que o sangue, impulsionado dos ventrículos durante a sístole, reflua durante a diástole, há válvulas localizadas junto aos orifícios de abertura da artéria aorta e da artéria pulmonar, chamadas válvulas semilunares. Outras válvulas que impedem o refluxo do sangue são a válvula tricúspide, situada entre a aurícula e o ventrículo direito, e a válvula bicúspide ou mitral, entre a aurícula e o ventrículo esquerdo.
A freqüência das batidas do coração é controlada pelo sistema nervoso vegetativo, de modo que o simpático aacelera e o sistema parassimpático a retarda.

Doenças do coração

As doenças cardíacas são as principais causas de mortalidade nos países desenvolvidos. Podem ocorrer em conseqüência de defeitos congênitos, infecções, estreitamento das artérias coronárias, hipertensão ou alterações no ritmo cardíaco.
A principal forma de doença cardíaca nos países ocidentais é a arteriosclerose. O acúmulo de depósito de material lipídico - colesterol - pode causar uma obstrução que tampa as artérias (trombose). Esta é a causa mais importante de um ataque cardíaco, ou infarto do miocárdio, que tem conseqüências mortais com freqüência.
A alteração do ritmo cardíaco normal (arritmia) é a causa imediata de morte em muitos infartos do miocárdio.
O problema mais grave é o bloqueio cardíaco completo. Este pode ser corrigido pela implantação de um marcapasso artificial (um dispositivo que emite descargas elétricas rítmicas), para provocar a contração regular do músculo cardíaco.

Eletrocardiograma

Um Eletrocardiograma (ECG) registra a atividade elétrica do coração. Um impulso elétrico, gerado no nódulo sino-auricular, precede cada contração do músculo cardíaco; as ondas desenhadas em um ECG traçam o trajeto desses impulsos tal como se propagam no coração. As irregularidades do ECG refletem afecções no músculo, no fornecimento de sangue ou no controle neural do coração.